tô de saco cheio das coisas
dos atos e fatos do cotidiano
mórbido por traz de tanta
competição alheia.
cansei de acreditar que a fuga
dessa grande babilônia está
na mata, nos campos,
na mudança exterior.
é o que todos pensam e o que
muitos planejam, talvez
encontrei nisso, uma brecha
pra tamanha falta de entusiasmo
uma fuga fictícia, encenada,
graças ao culto ao cult,
falta tato, sobra farsa
a pedra da selva está tanto aqui
quanto ali, isso mesmo, nos campos
na mata, por isso tamanho cansaço
o falso zen se apoia em filosofias
e fotografias, quanto vale a pose?
uma cena e tudo que era frio se torna quente,
"CORTA", esfria nova mente.
geração ecovila, que pensa na mata, na vida,
mas se perde em agonias,
qd o próximo questiona o seu próprio papel nessa grande vila.
se difere-se pra ser diferido, visto como um ciso,
tá ali por que? pra que? o que?
eu julgo, tu julgas, eles apontam, condenam e pelo poder,
usam da violência ao humor.
se falta argumentos, sobram piadas,
pra que serve a razão quando se há apoio em religião?
...ao som ensurdecerdor do silêncio