domingo, 10 de setembro de 2017

me forço a escrever aqui,
buscar em alguma que eu senti
pensar, escrever pra um dia voltar e refletir
o tempo passa, né mesmo..
nessas horas que vejo a utilidade de se ter algum lugar pra registrar
vai que um dia eu vou, isso vai ser o que me resta
mesmo que seja segredo
que eu acho que a ninguém interessa
não tenho pressa
vou estar aqui
seja com arte, com bad trips,
erros de português
esse sou eu
se sou um pedaço de você
bem provável que se identifique
não que eu espero
não que eu queira isso
não desejo a ninguém ser o que sou
sabe por que?
porque até hoje me encontro em conflitos comigo mesmo
é louco mas sinto que toda vez que admito isso eu me aposso disso
não que seja bom, mas..ignorar também não adianta nada.
então o que dá pra fazer?
vir aqui,
quando já não há vontade de abrir o caderno
de pegar a viola, de rimar alguma história..
ainda não li as frases acima, se tem ou não coerência, coesão
nossa, como já me preocupei com isso
hoje me preocupo com o que ando sendo
pensando, vivendo e ainda passando o tempo escrevendo

quinta-feira, 15 de junho de 2017

phillknóico

hoje não tem rima,
hoje não tem poesia,
hoje eu só tenho desabafo
quase sempre nem eu me aguento
por isso já não me resta estímulos
pra ouvir conselho dos amigos
poucos por sinal
pq não me resta coragem
pra conversar,
sempre as mesmas coisas
as mesmas nóias
é pior que repetir piada
alias, elas me abandonaram
me sinto tomado pela paranóia
embora tenha medo
só de ver essa palavra
quanto mais ousar admiti-la
acho que admitir esses problemas
assim como a depressão
a esquizofrenia
é uma forma de se vestir com ela
o que as vezes não é
passa a ser
basta acreditar e se vestir
por isso quero estar nú
por isso estou aqui
tentando tirar cada peça de medo
sinto frio e mesmo assim suo
parece que o suor é uma resposta
o corpo no limite de tensão
tensão psicológica
li alguns sintomas da paranóia
me assustei, reluto a pensar
achar, mas me vi ali
então, o que fazer?
já me escondi nas ervas
nas palavras, desenhos
comprei até uma caixa de lapis
12 cores, frias, quentes
tá ali, na gaveta
e daí, arte salva?
ou só se tornou um encosto
pros lamentos, pras bads
pras maquiagens e máscaras?
sei não, viu..
a ideia é de que sou perseguido
por mim, pela minha sombra
pela minha própria bosta
de escolhas e consequências
que me cagou o psico
merda, pq uma tosse ja me tira do sério?
pq essa inferioridade crônica?
de falar em crônica, pq tanta dor?
pq tanta desconfiança?
pq?
pq?
pq?
pq?
pq?
como?
como acho uma saída?
e olha que ainda tenho privilégios
tenho família
tenho o amor da minha família
tenho a chance de sonhar
de viver o que desejei
e agora me vejo assim
fraco, desiludido
fodido e sem ao menos coragem
pra desabafar
por isso aqui estou,
blog secreto, semi secreto
sei lá, não divulgo..
estranho, né? mas preciso disso
pra mim, não pra vocês
é tão vergonhoso que
não conseguiria me admitir
nem a terapia, de quase um ano
eu me respondo
só encontro a fossa
o esgoto por trás dessa capa
talvez por isso tanto bafo
é horrível carregar esse peso
de me olhar e me sentir mal
incapaz, menor que todos vocês
é estranho parecer ser tão bom
enquanto nem eu mesmo sinta isso

me sinto uma mentira
uma mentira de mim mesmo

preso nesse mar de angustia
que me resseca, me salga
e me racha a cara
maré alta de ressaca

socorro Eu
socorre eu

só corro
em voltas
e volto

cansado?
cansei?
deixa eu vomitar

sábado, 15 de abril de 2017

:/

a um passo do desespero
falta de sossego, difícil mesmo
é conseguir manter a cara
boa, aquela mesma do começo
me achava forte
e agora reconheço
que não sou nada
de novo e que isso
não é algo q'eu mereço

saí da minha casa mais cedo
deixei minha mãe chorando
com dor e esperança no peito
meu sentimento agora
é de frustração, parcêro
perdido na batalha,
vendo a confiança e
o auto estima se abalar
por causa de dinheiro

hoje voltei pra casa
sem pagar as contas
a poesia é concorrida
vence a que tá pronta
mais minhas não se apronta
as minhas somente confrontam


quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

macacu nú, desempregado

macaco nú
desempregado
nessa cidade
nesse Estado
isso é o Brasil
dentro dessa
esfera chamada
Terra
planeta ilha
poeira de um
universo de
versos que
poderia cantar
horas, só não
me peça pra
contar, eu
não sou
bom em
matemática
a água
representa
o drama,
num espanta
nem espera
de mim o
q se espera
parei num
ponto  pera
e não saí mais
deixei de ser
o q era
pra ser o
que achei
ser uma
nova era
e agora?
ficar estático?
ou estatística?
confuso,
nem sei
se vale a pena
querer entender tudo
cada vez que busco
vivo mais em
meu casulo
taxado
entitulado
achado
e se achado
ignoravel
pelo contrário

to desempregado
repito como um
apito no seu
ouvido, viu?

cessando guerras
internas com
minha arte,
que além de
marginalizada
agora se encontra
desempregada
recém desestimulada
funcional
nesse momento
pra expulsar
as badtrip
que agora
pesa as minhas
pernas
e mais uma vez
me atrasa
nesse tempo
q passa e só para
quando a dor
mostra sua cara