as vezes não sei s'é admiração
ou s'é inveja pra tanta correria
em chão,
de terra batida, quente de dia
a noite esfria, marcas de um sonho
q não quer virar estigmas
sutura cicatriz pra cada
fiu, enquadrado na esquina
o preconceito estampa
a face branca preparada
creme contr'os pé de galinha
pesticida, agarrada
na dita cuja, tal de burguesia
das tia q tem nojo das
verdura exposta na banca,
rotina,
sacola pesada,
na conta das nordestinas,
e a cara emburrada
se os magrim artista
encantam suas filha
branco pra noiva classe A
pros pobre né gran fina
roupa de trampo diário,
em casos de família,
limpando baba dos
playboy, segregação anuncia
e vão fingir
na zona sul há de haver
o ar bom ar racista
pra disfarçar toda essa merda
após um "a la carte" de hipocresia
conspiração divina
só santo branco na bancada
os preto vira heresia
demonizando
a cultura afro
ignorando sabedoria
disseminando a discórdia
amor negado todo dia
testamento no braço
salvação ou fila da agonia
Nenhum comentário:
Postar um comentário