um solitário aventurando-se
no mundo dos relacionados.
estranha e é estranhado,
se sente como um ser qualquer,
fora de seu espaço habituado
bicho do mato, a correria assusta por metro quadrado.
fumaça cinza, a tal buzina, avisa aos desavisados
"não atrapalhe a minha rotina, chega de cuidado!"
amor que corre, escorre e respinga,
baumam lança a profecia, bem bolado
sorriso que disfarça a retina
tem mais três ali no lado
é quantidade, tipo cocaína
quanto mais, ego resina
"pra que qualidade?" justifica um estigmatizado
que entram numa dependência crítica
motivos destilados em doses de pinga
nos botecos, esquinas, nas ondas
que desequilibram até um equilibrado
no baseado, o solitário controlando atos
fatos sugados do inconsciente,
consequente a mente de tá tudo errado.
cada elogio, por prato lavado,
o ralo entope, cheiro podre
não esconde a raiva do que havia elogiado
o imediatismo por todos os lados
mudam pessoas boas,
calmaria é coisa pra quem tá fumado
que não sabe s'enfrenta
simplesmente, se ausenta
por isso, dispensa,
constrói muros pra toca
da sua consciência
respira e pensa
arte contra demência
e os relacionamentos
só com sorte e paciência
e a validade depende da vaidade
até da idade, do que ascende,
lua, saturno e marte, "sente?"
alguns entraves,
pra vibe boa perdurar
por mais algumas fases
como num jogo sem start
tudo no hard, a fome passa
ainda resta a médium
que identifica um erro
e arma aquele passe
porque pro espírito não tem disfarce
contexto esquecido,
grito na beira de um precipício
isso agora é o que mais vale
o dom que vira sina
nível do estresse determina
o que difere,
sábio de um kamikaze
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