quinta-feira, 15 de outubro de 2015

blackbird




há uma hora ouvindo os mesmos 2 minutos e 12 segundos e buscando abrigo na calmaria entre a voz e a viola de Paul McCartney, em 'blackbird'. n sei se é meramente instinto de um pássaro q sou, mas foi a primeira canção balbuciada em minha mente desde o início de mais um dia dessa rotina. a cada recomeço dessa canção, uma vibe diferente. ora dá vontade de chorar, outrora acalma..se bem q, em mim, choro muitas vezes ajuda a acalmar. infelizmente, ou felizmente, n to num lugar apropriado a isso, não q esse lugar exista, mas é q, como diz naquela canção, 'disfarço minhas fraquezas, mas só eu sei o q se passa na minha cabeça'. as vez cai umas lágrimas, tímidas, querendo vir como o mar q Moisés abriu, mas seguro, minha toca, meu mundo. me ponho no lugar desse pássaro preto, da canção, q ao meu ver, finalmente consegue alcançar sua liberdade. o problema é q eu me vejo engaiolado, entre grades de medos, q originam inseguranças e seus sinônimos. imagino quanta coisa n passou na cabeça desse bicho, enquanto esperava pela tão sonhada liberdade. E do, ainda menino, Paul? será q esse também era assolado e trancafiado pelos seus próprios medos? ao menos, pela ideia da música, simples, com apenas a sua voz e seu violão, me faz pensar o quão intimista essa história tem pra ele. afinal de contas, as pessoas podem ter uma ideia do q se passa na sua cabeça, mas certeza mesmo, só o próprio dono. não sei, também n me importa muito pensar no q passou ou deixou de passar na dele, sua mensagem foi disseminada, lá nos anos 60/70 e cá estou, em pleno ano de 2015 dixavando um pouco mais sobre essa música sob os reflexos da minha badtrip. numa das centenas de vezes escutada, me perguntei se algum dia esse pássaro preto, ao ver toda liberdade pela frente se perdeu nos labirintos que a mente constrói, quando n estamos com ela em paz. viajei mais, e até consegui enxergar esse pássaro cantando, da ideia a pratica, de um inicio tímido, quase q sem vontade até o grito grosso e agudo, como se mostrasse ao mundo, naquele momento o seu mundo, que ali ainda havia um pássaro. tirando forças e fôlego de um resto de energia q sobrou, até o sol de por, o cansaço impor e o sono de mais um dia, se expor. confesso q ainda n consegui visualizar o dia em q a porta dessa gaiola foi aberta, tentei, mas ou vejo, dias de sofrimento ou o dia de sua redenção, num voou rumo ao nada, mais ao nada na cultura budista, q na verdade é núcleo de todo tudo que construímos.

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