terça-feira, 17 de novembro de 2015

ontem era rascunho, hoje serei conselho



Corro atrás da simplicidade sim! Simplicidade plena, das que te torna algo inerte de qualquer ofensa, de qualquer apego fútil. Buscar a paciência me traz lições diárias. Paciência em todos os sentidos. Nossos anseios podem ser estimulantes, mas quase sempre são nocivos. Ele atinge diretamente o nosso ego e quando nos envolvemos com isso, nadamos sempre em círculos. O que adianta ter tantos apegos materiais e não se sentir feliz de verdade? Gratidão não pode ser apenas quando estamos com dinheiro no bolso, mas sim, pelo simples fato de ter a chance de ter consciência do seu papel nessa missão. Sobrevivemos a essa babilônia todos os dias. Onde impera um capitalismo selvagem e competitivo. lá fora, a igualdade só é bonita no papel ou em algum bloco de notas, mas do que adianta tantas palavras e tantas contradições? Tantas verdades e tantas imposições? A humildade é humilhada diariamente pelas mesmas que compartilham teorias e mais teorias. Então só resta a mim, fazer o que posso. Cuidar da minha mente, do meu corpo e do meu espírito.


terça-feira, 10 de novembro de 2015

com.(p) fusitor





não pense
que é fácil
descrever
dizer,
compreender
q'essa mensagem
hoje digitada
pode um dia ser

ouvida e disparada
basta algumas
almas identificadas
insegurança
transcrita
e expulsada

me traz uma viola
e fico até
mais tarde
preparado
pra alvorada
uma madruga
inteira, dividindo
sonhos e fumaças

ocupo a
minha cabeça
se não ocupo
o medo vem
da o ar 
da graça

objetivos
soltos
são
como pipas
avoadas


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

barquinho





me vejo debaixo dessas nuvem cheio de lágrimas, 
só que filtrada, dessas que esfriam as ideia quando 
cê se sente tocado pela água. logo vem o vento, 
logo fico 100%. talvez são coisas que só cabe ao 
silêncio, percepção na busca de conhecimento. 
não desistir é a base do meu argumento, não 
desistir de mim, amor como antídoto pra todo 
veneno. se adaptar, reaprender a está sozinho, 
como enfrentar o mar, munido só com meu barquinho. 
buscar mais força, pros braços aguentar a  remaria 
toda. vai ser difícil, eu sei, quem nunca sofreu com isso? 
mas há caminhos, preenchido de novos sentidos, 
lugares pr'eu poder explorar, continuar, ter o que me 
dedicar. Não vim pra pescar, vim pr’encontrar o meu 
lugar, só isso, sou disso e assim sigo, tá no meu signo.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

uma nota só

 
queria ser
uma nota só
que vibra
que diz a menina
sinta
e traz vida a viola
q'esquenta
ou esfria

só queria ser
esse simples tom 
canção
um sopro,
num vão,
o vazio
preenchido
de questão

a trilha
d'um curta
de longa 
emoção
a certeza
do sim
fortaleza
pr'um não

só, querer, 
si dó, 
ou um sol,
q'ilumina 
mi estampa
ré compensa
lá fora
fá çanha

uma corda
pr'essa gente
que acorda
desperta
e certa
mente
sorri
ou chora

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

blackbird




há uma hora ouvindo os mesmos 2 minutos e 12 segundos e buscando abrigo na calmaria entre a voz e a viola de Paul McCartney, em 'blackbird'. n sei se é meramente instinto de um pássaro q sou, mas foi a primeira canção balbuciada em minha mente desde o início de mais um dia dessa rotina. a cada recomeço dessa canção, uma vibe diferente. ora dá vontade de chorar, outrora acalma..se bem q, em mim, choro muitas vezes ajuda a acalmar. infelizmente, ou felizmente, n to num lugar apropriado a isso, não q esse lugar exista, mas é q, como diz naquela canção, 'disfarço minhas fraquezas, mas só eu sei o q se passa na minha cabeça'. as vez cai umas lágrimas, tímidas, querendo vir como o mar q Moisés abriu, mas seguro, minha toca, meu mundo. me ponho no lugar desse pássaro preto, da canção, q ao meu ver, finalmente consegue alcançar sua liberdade. o problema é q eu me vejo engaiolado, entre grades de medos, q originam inseguranças e seus sinônimos. imagino quanta coisa n passou na cabeça desse bicho, enquanto esperava pela tão sonhada liberdade. E do, ainda menino, Paul? será q esse também era assolado e trancafiado pelos seus próprios medos? ao menos, pela ideia da música, simples, com apenas a sua voz e seu violão, me faz pensar o quão intimista essa história tem pra ele. afinal de contas, as pessoas podem ter uma ideia do q se passa na sua cabeça, mas certeza mesmo, só o próprio dono. não sei, também n me importa muito pensar no q passou ou deixou de passar na dele, sua mensagem foi disseminada, lá nos anos 60/70 e cá estou, em pleno ano de 2015 dixavando um pouco mais sobre essa música sob os reflexos da minha badtrip. numa das centenas de vezes escutada, me perguntei se algum dia esse pássaro preto, ao ver toda liberdade pela frente se perdeu nos labirintos que a mente constrói, quando n estamos com ela em paz. viajei mais, e até consegui enxergar esse pássaro cantando, da ideia a pratica, de um inicio tímido, quase q sem vontade até o grito grosso e agudo, como se mostrasse ao mundo, naquele momento o seu mundo, que ali ainda havia um pássaro. tirando forças e fôlego de um resto de energia q sobrou, até o sol de por, o cansaço impor e o sono de mais um dia, se expor. confesso q ainda n consegui visualizar o dia em q a porta dessa gaiola foi aberta, tentei, mas ou vejo, dias de sofrimento ou o dia de sua redenção, num voou rumo ao nada, mais ao nada na cultura budista, q na verdade é núcleo de todo tudo que construímos.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

bicho do mato


bicho bicho bicho do mato
sou, soul, sou, soul, sou, soul, sou, soul
num canto, conto, 
encontro, encanto,  
quase sempre calado
pra maioria,  um alucinado,
estranho, primata, desd'o primário,
fala cas planta, 
troca ideia com seu gato
acorda cedo, aproveita
uns dias, pensamento evolucionário,
n'outro abrigo, prefere ficar entocado
se sente bem na praia
no asfalto, incomodado.
oxum num baim de cachoeira,
rede, verde, 
ossaim, conectado
a internet é bagunceira
faz, vida passar mais rápido
não se envolve
desenvolve,consumismo sociável
enxerga nas pessoas
o capitalismo exagerado
do exagero superado
ao equilibrado
nessa balança, com cuidado
busca o seu espaço
pra não cair nas armadilhas
desse mundo imaginário,
nem tudo é cenário
respeito encenado
confundem etiquetas
padronização dos fracos
são influenciados,
pelas regras do estado
online todo mundo é
revolucionário
mais isso são só coisas
pra serem observados
absorvendo mesmo
a energia q vem lá dos astros


quinta-feira, 24 de setembro de 2015

ah, esse mar...



ah, esse mar
por traz 
seu olhar
me faz,
aprumar
embarco...

num barquinho,
velho casco
vaga, vou remando
longe, pelo horizonte
ar

pra respirar,
valorizar, pensar
as vezes o vento vem
seguro as pontas
e quando o vento vai
espero a lua
brilhar

ah, esse mar
minha segunda casa
mesmo que a chuva venha
lacrimejar
é tudo água
deságua

mistura do doce
e salgado,
equilibra 
surfistas em pranchas
dropam suas ondas
e nesse barquinho
faço uma canja
viola, papel e caneta
esbanja
salve Iemanjá
seus braços 
me alcança

natureza que educa
ensina, enfatiza amar
mesmo quando esse barquinho
balança
um lençol velho
segura o ar
enquanto o gatim, fiel 
escudeiro, relaxa e se acalma
com esse horizonte que tá 
pra chegar 

ah, esse mar
que traz,
seu olhar
me faz inspirar
viajar...

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

quietude



sou quieto e fico no meu canto
quando me vejo tomado pelo incerto
ou envolto de engano
pra uns observar e absorver
acaba sendo um dom
pra mim, depende do dia
do clima e de cada situação
entre olhares regados,
encontro mensagens
que escondem segredos,
desejos,anseios,
e muita curiosidades
n'olhar com brilho,
seco, cisco, vejo vaidade
o ego pulsa, o absurdo
é se olhar pra baixo
o efeito é um estímulo
dá continuidade,
defeito vira um inimigo,
se abusar da arte
acompanhado ou solitário
restrições não cabe
questionamentos
pela mente, passeando
a tarde, a impressão
clara que fico
é s'isso tem verdade
ou é somente uma mentira
inconsciência, sabe?
as vezes é o dom que vira sina
de bobo à maldade.
o fone alto no ouvido
tem explicação,
além de manter o
equilíbrio,
prende minha atenção
filtrando o que vejo
e sinto, parte da
meditação
no silêncio o abrigo
fecho os olhos
pra buscar o tom

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

rima do dia

a rima do dia é dedicada a todos os faladores que passaram, passam e passarão pelo mesmo caminho que "yo". ah..e surpreso tbm com algumas visitas nesse recinto, na verdade era pra ser um blog secreto, mas, utópico seria mantê-lo sozinho nesse mar de redes, por isso,  não reparem a bagunça, as faltas de "s" e o constante neologismo. fugir dos padrões, no meu caso, é uma arte ;)

___


"falei que seria assim
eu disse, eu avisei
num lembra? eu sei
o que sempre rola no fim
das conta, eu sei!"

quando começa com esse papo
é automático, vou me achegando para os lados
oposto daqueles que tem mania
de sabedoria plena em tudo
em quase tudo e por todos

a prepotência,
energia carregada
daqueles que pensam
ou acham que pensam
aponta o dedo, opina em
tudo,
atravessão experiências

pra isso resta a intolerância
como consequência,
parcero, se liga a vida tbm
tem suas coincidências,
cê só sabe o q sente e ponto
sim, só eu sei da minha existência

abro caminho pros espíritos
com competência,
respeito, humildade,
tão incluídos nos sentidos
da minha consciência

papo de existência,
reina inconsciência,
sintonizando os megaherts
nessa mais pura frequência

só o que vale é minha competência
maturidade, tipo acumulando experiência,
habilidade
d'individualidade
nessa coletividade
é a minha essência

na fumaça de incenso
me embalo, na viagem
ganjah, os 4 elementos
ativam os 7 chakras
baseado na leitura,
o que penso
mantendo o senso
interpretando a
falta de responsa
no consenso

respeito e penso
por isso valorizo
todo e bom silêncio.
tímido louco
maconheiro
calço o meu chinelo
sou passageiro
no vagão do mundo
e seus mistérios.


terça-feira, 15 de setembro de 2015

se expirando...



um solitário aventurando-se 
no mundo dos relacionados.

estranha e é estranhado, 

se sente como um ser qualquer, 
fora de seu espaço habituado
bicho do mato, a correria assusta por metro quadrado.
fumaça cinza, a tal buzina, avisa aos desavisados

"não atrapalhe a minha rotina, chega de cuidado!"

amor que corre, escorre e respinga, 
baumam lança a profecia, bem bolado
sorriso que disfarça a retina
tem mais três ali no lado
é quantidade, tipo cocaína
quanto mais, ego resina
"pra que qualidade?" justifica um estigmatizado

que entram numa dependência crítica
motivos destilados em doses de pinga
nos botecos, esquinas, nas ondas
que desequilibram até um equilibrado
no baseado, o solitário controlando atos
fatos sugados do inconsciente, 
consequente a mente de tá tudo errado.

cada elogio, por prato lavado,
o ralo entope, cheiro podre 
não esconde a raiva do que havia elogiado
o imediatismo por todos os lados
mudam pessoas boas,
calmaria é coisa pra quem tá fumado

que não sabe s'enfrenta
simplesmente, se ausenta
por isso, dispensa,
constrói muros pra toca
da sua consciência
respira e pensa
arte contra demência
e os relacionamentos 
só com sorte e paciência

e a validade depende da vaidade
até da idade, do que ascende, 
lua, saturno e marte, "sente?"
alguns entraves, 
pra vibe boa perdurar
por mais algumas fases
como num jogo sem start
tudo no hard, a fome passa
ainda resta a médium
que identifica um erro 
e arma aquele passe

porque pro espírito não tem disfarce
contexto esquecido, 
grito na beira de um precipício
isso agora é o que mais vale
o dom que vira sina
nível do estresse determina
o que difere, 
sábio de um kamikaze

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

ri-medo


até quando?

30 tá chegando

dúvid'aumentando

eu paralizado
e o mundo ae girando

nada funcionando

trampo só e ponto

sensação diária
ânsi'alimentada
tempo vai passando

cansaço aumentando

disposição falhando

escrita, vira terapia
pra saúde sem um plano

e a família,                                 
lembrança na cabeça ativa

saudade fixa, 
da mãe, do irmão,
do pai que fica

na espectativa

de cê ter uma boa vida

ser consumista
conforto gera alegria

sabedoria da moça na gira

absorvida, exposta
escreve tudo numa lista

a ilusão tá no apego

assim diz um budista
expira
inspira

a paciência é a chave da sabedoria

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

esse Silva se chamou Adílio um dia...


onde era só mais um silva
céu sem estrelas, sem aquela luz que guia
infância com poucos brinquedos, 
mais um criado pelo amor da tia,

sobrenome comum d'uma família,
lembra do pai q não tinha
puxou quem?ning sabia
ollhos da mãe, nariz do pai
comparar, era o que restava,
sim, só deduzia

faltava-lhe o interesse
estímulos perecia
matemática, história, geografia
sucumbiam, 
contexto chato 
encontrou: morfologia, 
se misturando aos necessários
que faltavam, no bolso daquela tia

restavam os desenhos,
viv'o herói d'essa mitologia
recriminado, deixava de lado
o amor pelas grafias,
escola sem sentido na rotina
entrou pro crime como terapia
e renda fixa

mãe-tia a fé em deus
orando todo santo dia
pedindo luz aos céus
pra iluminar os trilhos
desse silva, agora, cria

a esperança um dia morre,
prisão foi consequencia
desse trampo, desse corre
a tia mãe sim mãe tia forte
acreditava que um dia o silva
iria ter um norte

mas teve porte,
quase 10 ano em cana
ideia de morte, não aprendeu
com o castigo, sim,
mas er'um rapaz forte

em nome da família,
o que era cria, agora percorria 
a zona norte,
vendia doces, salgados
um som comprado, 
a recompensa, haja sorte, 
q honestamente do suor
comprou o q conforte

sistema carcerário
curso de como agir errado
sistema mal usado
na base o preconceito
iludem o povo
com conceito errado
botando uns 30 cara
método quadrado
acham que tempo de cadeia
é solução pros fatos

agora o ambulante
que havia estipulado
se sentia responsável
quis sustentar o barraco
sem grana de bagulho errado
na ideia a barbearia
etilizando vários penteados
no crime, só mais um passado

desfigurado, 
a luz que guia a sorte
do pobre coitado,
nesse seu novo corre
tropeçou em fatos
dilacerada mente
por vagões regidos 
a contratos,
e nesse caso o que
importou seria o atraso

e o favelado,
até quando? sim, mascarado
impondo as fardas
pré conceito
julgam:
"ele tá errado,
"é só um vagabundo,
põe mais um pro saco"
e a mídia ocupa com bundas
pra preenxer o espaço

e o corpo exposto,
olha lá o maltrato
pra ganhar emoção
só cum joão hélio
ali no lado 
e olha lá, há risco de julgar errado
"o pobre preto maloqueiro ao lado do futuro agonizado"

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

[ rima do dia ]


as vezes não sei s'é admiração
ou s'é inveja pra tanta correria
em chão, 
de terra batida, quente de dia
a noite esfria, marcas de um sonho
q não quer virar estigmas
sutura cicatriz pra cada 
fiu, enquadrado na esquina

o preconceito estampa
a face branca preparada
creme contr'os pé de galinha
pesticida, agarrada 
na dita cuja, tal de burguesia
das tia q tem nojo das 
verdura exposta na banca,
rotina, 

sacola pesada, 
na conta das nordestinas, 
e a cara emburrada
se os magrim artista
encantam suas filha

branco pra noiva classe A
pros pobre né gran fina
roupa de trampo diário, 
em casos de família, 
limpando baba dos
playboy, segregação anuncia

e vão fingir
na zona sul há de haver 
o ar bom ar racista
pra disfarçar toda essa merda
após um "a la carte" de hipocresia
conspiração divina

só santo branco na bancada
os preto vira heresia
demonizando 
a cultura afro
ignorando sabedoria
disseminando a discórdia
amor negado todo dia
testamento no braço
salvação ou fila da agonia

terça-feira, 4 de agosto de 2015

rima da estrada


simplicidade, meta a conquistar
camisa ganesha rasgada, 
bermuda velha furada,
a havaiana mais barata
como par

suficiente para mochilar
desde já prensada,
caminho, na beira da estrada
companhia marcada
menina linda, morena do mar

cachos cor de jabuticaba,
olho pra trás e a foto é tirada
atras da canon
um sorriso lindo marca
a caminhada

mais uns quilômetro
chegamos no encontro
se liga no encanto
assim disse o índio
"encontrem seu próprio canto"
não perca o ponto
("o amor, o amor que eu sinto por vocêêê")

pedras energizadas,
a mente na função, 
equilibrada
andando pela base da 
pedra riscada

o rio nos aguarda, 
água doce, sim, abençoada
fuga da babilônia
oxum trata o equilibrio
de todos os chakras
assim semeia a graça

bacharelado em baseado 
preparado, 
ensina o que se aprende, 
aprendendo ensinamentos, 
contra a vibe errada 
o corpo tá fechado.

do in natura faço o aliado,
e os meus perrengues
caem pelo ralo abaixo
desse encontro
pedra, rio, sol e mato

dezenas de palavras
expressam 
infinita mente
humilde versos
descritos
jogados na corrente

pros que entende
pros que só sente
pros que não mente
pra minoria represento
a voz do louco inconsequente

que se desprende
a cada vez que sol acende
a paz se faz presente
pôr do sol meditação
assim que Jah se faz presente

quarta-feira, 8 de julho de 2015

c'êsse vidro in cara dô!

velho vidro rachado
quebrado, trincado, 
no lixo, um achado
o azar e sua arte, 
arriscar? 
sim, faz parte!
na ingênua ideia
o perigo a espera
do sorriso a entrega
erro crônico, a matéria
se desprende, cê depende
se cê vê, cê se vende
se cê perde, se cê acha
se cê sente, cê se prende
consciente desse inconsciente
se até que cê mostra 
tantos dentes
ignora, mais um mito
da uma bica no juizo
mas se liga na primeira
ventania, dessa vida
confiança estremessida
vidraça, zica
desconfiança, fica
a coragem, se limita
e a cara?
que sem graça
são desgraça
que inspiram
3 piada!


...ao som de ..

segunda-feira, 15 de junho de 2015

toca



ahhh essa toca tem história pra contar,

descoberta, logo colonizada, a primeira conquista sempre será comemorada.

a consciência na certeza de ter encontrado finalmente um caminho.

eu, meus trapos e um gato.

um velho/novo amigo e o re-começo de uma grande aventura era o próximo capítulo

recordo-me dos papos enfumaçados, enraizados, dos primeiros utensílios improvisados.

do erro, ao ter me enganado, amizade deixada de lado, eu entendo porque não fui perdoado.

a causa: um anseio, num sorriso grande, só mais um desejo e o que achava que era um sonho se tornou um pesadelo.

eles se foram, outros vieram, deixaram marcas, ensinamentos, aprendizados, culturas novas, proporcionaram conhecimento.

do que eu sou, o que eu busco ser, o que ficou e o que pode aparecer.



tinta fresca que tapa, disfarça contos, encantos, sorrisos e lágrimas.

minha história marcada, a essência da existência nunca será apagada.

só preciso de um tempo, na falta do tempo, pra me acostumar.

mirar a novidade como forma de apresentar

mais um capítulo desse livro, onde será que vou parar?

não sei, só sei que enquanto existo

vou me achegar em algum tipo de matéria

pra poder me expressar,

sou capricorniano assíduo, não é fácil,

uma hora ou outra vou me equilibrar.


...ao som de Mogwai

segunda-feira, 20 de abril de 2015

voando...

ando voaaaaando
observando tudo que dá
absorvendo tudo que pode
aprendendo, o sentido do vento
ensinando, sem lenço e nem documento

insistindo,
de abusado que sou
não com os outros
sim com essa vida
com trancos,
barrancos,
fulanos,
beltranos,
ciclanos
todos os anos
são ânimos
e tudo que tem direito
e esquerdo também.

ando voaaaaando
compondo